quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Entrevista exclusiva com Hernanes



Depois de algum tempo paradas, as entrevistas do Quem Não Faz... Leva! voltaram. E como passamos muito tempo parados, a entrevista teria que ser com alguém de peso. Pois bem, entrevistamos o novo xodó da torcida do Lazio, o pernambucano e nosso conterrâneo Hernanes. Com Hernanes, o Lazio voltará a disputar uma competição europeia (A UEFA Europa League), depois de na temporada passada ter lutado contra o rebaixamento. Confira alguns títulos e feitos de Hernanes:
  • Medalha de Bronze com a Seleção Brasileira em Pequim
  • Bicampeão brasileiro com o São Paulo (2007/2008)
  • Bola de Prata Placar: 2007 e 2008
  • Melhor jogador do Camp. Brasileiro 2008
  • Seleção do Camp.Brasileiro: 2007, 2008 e 2009

Perguntas:

1) Como foi sua infância aqui no recife? onde estudou, e quando e como achou que tinha talento para
jogar futebol?


- Eu nasci em Recife, mas passei boa parte da minha infância no interior do estado, em várias cidades. Tive uma infância simples, mas nunca me faltou nada e tive uma ótima base da minha família. Morei no Engenho São Lourenço e lá eu jogava pelada na rua, não chão de areia. Com oito anos eu entrei numa escolinha de futsal na cidade de Goiana e o treinador disse para o meu pai que eu levava jeito. Com 10 anos eu fui para Recife e com 11 comecei numa escolinha de futsal. O treinador da escolinha, que se chamava Vado, me levou para o Santa Cruz e então comecei a jogar futsal lá, treinado pelo Tito. Com 14 anos com anos comecei a jogar futebol de campo no Unibol e paralelamente continuei no futsal no colégio Boa Viagem, onde estudei.

2) Quais as primeiras experiências como jogador amador?

- Foram muitas experiências legais, mas acredito que as mais marcantes foram a conquista do bicampeonato estadual pelo Unibol, em 1999 e 2000, como sub-15.

3) Em qual (ou quais) jogador (es) em que você mais se espelhou?

- Quando comecei no campo, eu era lateral esquerdo, mesmo sendo destro. Eu me espelhei no Felipe, do Vasco, pois admirava o jeito que ele batia e conduzia a bola.


4) Pesquisei sobre sua carreira e vi que começou no extinto Unibol. Como foi ultrapassar essas barreiras? Sentiu muita pressão por parte de treinadores?

- O caminho até me tornar profissional pelo São Paulo foi longo, mas nunca senti pressão por parte dos treinadores. Quando saí do Unibol fui para São Paulo e fiz testes em vários clubes. Somente após um ano eu consegui passar no teste do São Paulo. Mesmo lá dentro eu tive dificuldades para me firmar, para me profissionalizar e mesmo depois de virar profissional ainda fui emprestado para o Santo André. Mas sempre acreditei que iria jogar pelo São Paulo e isso aconteceu.

5) Qual a diferença entre o futebol brasileiro (liga brasileira), e o futebol italiano (calcio), e em que aspectos a nossa liga tem evoluído mais?

- A diferença é que aqui se dá uma importância muito grande a parte tática. Aqui eles pensam “vamos nos defender bem e depois pensamos em atacar”. Já no Brasil o pensamento normalmente é inverso: o trabalho tático visa o ataque. Consequentemente aqui na Itália há muitos bons defensores e o jogo torna-se mais duro e pegado.

6) Qual a diferença da torcida da Lazio para a torcida do São Paulo?
- São duas torcidas muito grandes, apaixonadas, mas é complicado fazer essa comparação. São culturas diferentes, aqui o povo é diferente. A maneira que os torcedores nos abordam aqui na Itália é mais calorosa, eles gostam de abraçar e até nos beijar, coisa que no Brasil não acontece.

7) Quais as mudanças do futebol brasileiro para o europeu?

- Tirando a parte de dentro do campo, há outras diferenças. A concentração aqui é mais leve. Eu nunca fiquei concentrado dois dias seguidos por exemplo. Os treinos também são em um período, já no Brasil às vezes se treina em dois períodos. No entanto aqui os treinos são mais intensos e há sempre uma mistura de tudo: técnico, tático, físico, mini-jogo. No Brasil os treinos costumam ser focados em um aspecto apenas.

8) Quais são suas expectativas como profissional?

- Meu primeiro objetivo é lutar para que o nosso time cresça na próxima temporada e chegue ao ponto de poder disputar o título do Campeonato. Também tenho a meta de me firmar na seleção e disputar a Copa de 2014.


9) Hernanes, projeta continuar na Lazio ou jogar em clube melhor?

- Tenho 5 anos de contrato com a Lazio e estou muito feliz aqui. Os torcedores e o time me receberam de forma fantástica e estou muito bem aqui.



10) Crê que a expulsão contra a França pode atrapalhar sua carreira na seleção?

- Acredito que não. O que aconteceu ali foi um acidente, tanto que foi a segunda expulsão de toda a minha carreira. Espero ter uma nova oportunidade e aproveitá-la de uma forma melhor.

11) A torcida do São Paulo e todos os brasileiros te admiram muito, além do seu futebol e seu perfil de jogador. Como você trata esses torcedores?

- Eu sempre procurei dar o máximo de atenção possível aos torcedores, ser educado, atender os pedidos que estão dentro do meu alcance. Minha concepção é de que o jogador tem um dever com o torcedor, já que ele é razão do futebol existir. Penso que o torcedor é uma das motivações de um atleta trabalhar, melhorar, buscar objetivos.


12) Na sua opinião, qual o maior problema da base em nosso país devido a escassez de camisas 10 brasileiros? Este fenômeno é só uma entressafra?

- Não considero um problema. Acho que às vezes a safra não vem com tantos jogadores desse perfil.

13) Qual a dica que você dá para os mais jovens?

- Primeiro a pessoa tem que querer. Depois tem que raciocinar se tem condições e se concluir que sim acreditar nisso com forte convicção e determinação, não desistir com os obstáculos que surgirão. Outro ponto importante é sempre ouvir e aprender pessoas mais experientes, como os treinadores.

*Participaram desta entrevista os redatores: Danton Brasil, Gabriel Pontes, Ícaro Alysson e Mateus Schuler

*Nós, da equipe QNFL, agradecemos a Comcept, agência de comunicação de Hernanes, através de Rodrigo Righetti, pela realização da entrevista

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Regulamento do Pernambucano 2013

Por Mateus Vilar Schuler (@reportermateus)
Na tarde desta quarta, na sede da FPF, foi realizado um conselho arbitral, no qual foi definida a nova fórmula do Campeonato Pernambucano 2013. O estadual vai ser disputado em dois turnos. No primeiro, nove equipes estarão na disputa, as três classificadas para o Nordestão estão de fora dessa fase. Serão oito jogos, sendo apenas partidas de ida.

Já no segundo turno, as equipes que participaram da competição regional entram em campo e a pontuação da primeira fase será zerada, começando um novo campeonato. Agora com 12 times, serão onze jogos, mais uma vez, sendo apenas partidas de ida. Após isso, os 4 primeiros colocados disputam o título, do 5° ao 8° a disputa vale uma vaga na Copa do Brasil, onde o 5º ganha a vaga, e do 9° ao 12° a briga é para não cair. Todos na fórmula de semi-final e final.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Fatalidade no RioMar

O texto a seguir foi publicado no blog Estagiário Social 1. Mesmo esse blog sendo destinado ao futebol, temos que citar um fato que ocorreu em nosso estado e mal está sendo veiculado nos principais meios de comunicação daqui.

Reproduzo o depoimento do jovem Bernardo Barbosa, vítima da fatalidade. Fica o alerta para o shopping e para todos os outros locais que recebem um grande público.
Bernardo: falta de estrutura no RioMar dificultou socorro ao pai
Pensei bastante antes de publicar isso, não gosto de expor minha vida assim, mas neste caso, senti a necessidade. O último sábado (03.11.12) eu perdi o meu pai, meu grande amigo, está sendo um choque para a nossa família, iremos superar, tenho certeza, mas o que nos deixou indignados foi o fato de como ocorreu isso.

Sábado meu pai foi com a minha mãe e mais duas tias para o shopping Rio Mar. Chegando lá eles se separaram e combinaram um horário de encontro (19:40), meu pai ficou só e minha mãe com as minhas tias. Antes desse encontro, meu pai estava na loja Le Biscuit, onde passou mal e caiu. Nesse momento tinha uma família, a qual agradeço imensamente, que viu o fato e tentou socorrer. Uma das pessoas era técnica de enfermagem e tentou fazer os primeiros socorros da maneira que podia. Neste momento, outro membro da própria família, solicitou socorro aos funcionários da Le Biscuit, mas além de quererem “abafar” o caso, tentaram tomar o celular do meu pai que estava na mão dele, nesse momento o coração do meu pai ainda batia.

Depois de 20 minutos chegaram os bombeiros, sem nenhum equipamento e sem saber fazer os procedimentos corretos, só depois de mais algum tempo conseguiram um desfibrilador, mas não sabiam exatamente como usar.

Agora vem a parte da triste coincidência, eu estava no térreo do Rio Mar, próximo a saída, com uns amigos, quando vejo os bombeiros passando com uma pessoa, era o meu pai, até esse momento eu não sabia nem que meu pai estava no shopping, corri acompanhando ele até a saída para levarem até a ambulância, mas que ambulância? O carro do socorro era uma Hilux da segurança do shopping, eu vi o momento em que colocaram o meu pai na caçamba e arrancaram com o carro, detalhe: ele quase cai da caçamba, por sorte alguém segurou a maca quando estava caindo, pararam o carro e seguiram.

Corri até meu carro para ir ao hospital, tentei ligar inúmeras vezes para minha mãe, mas o sinal do celular dentro do shopping é péssimo, meus amigos tiveram que anunciar o nome dela no shopping. Quando eu tento sair do shopping, depois de muita luta contra o engarrafamento, vejo uma ambulância do SAMU tentando sair do Rio Mar (meu pai não estava lá), mas a ambulância não conseguiu sair porque era mais alta do que o teto da saída do shopping, tiveram que seguir para outra saída mais distante.

Infelizmente quando eu cheguei ao Hospital Português, recebi a triste notícia de que ele havia falecido.

A história poderia ter sido diferente, se tivesse um socorro adequado, digno de um shopping do porte do Rio Mar. Deixo esse fato público não só pensando na minha família, mas em outras milhares que frequentam o Rio Mar, para que fatalidades como esta não aconteçam outra vez.

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Força, Bernardo. Meus sentimentos. Foi uma fatalidade, você deixou bem claro, mas o shopping tem sua responsabilidade. O alerta foi dado da pior forma possível: com o extremo de uma morte. A lição deve ser estendida a todos os outros espaços que recebem um grande fluxo de pessoas. Gente, questões envolvendo segurança, rotas de fuga e acessibilidade são fundamentais em qualquer obra!


E sabe o que é pior? Nada disso vai ser noticiado e a tragédia ocorrida no RioMar vai passar em branco para o grande público. Duvido que seja publicado em algum jornal.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

CBF divulga tabela do Nordestão 2013

Por Mateus Vilar Schuler (@reportermateus)
A CBF divulgou nesta quinta-feira a tabela da Copa do Nordeste de 2013, competição que volta ao calendário do futebol brasileiro. A primeira rodada foi marcada para o dia 20 de janeiro, às 17 horas (horário de Brasília), e com uma grande novidade: a reestreia do Estádio Castelão. A arena de Fortaleza está com as obras quase prontas para a Copa das Confederações do próximo ano e também para o Mundial de 2014 e receberá em sua abertura Ceará x Bahia.

A fórmula de disputa é simples: são 16 times divididos em quatro grupos com quatro cada um; se classificam para a próxima fase, já no sistema mata-mata, os dois primeiros de cada chave. O vice-presidente da CBF e da Conmebol (e representante sul-americano na Fifa), Marco Polo Del Nero, confirmou que pretende dar ao campeão da edição 2013 uma vaga na Copa Sul-Americana 2014. "Vamos fazer uma força", comentou. Caso não seja possível, tentará vaga para o campeão de 2014.


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