Por BOLA N@ ÁREA e GloboEsporte.com
O Flamengo divulgou nesta terça-feira uma nota oficial dando conta de que a 18ª Câmara Cível do Rio de Janeiro negou um recurso do São Paulo sobre a posse da Taça das Bolinhas. O clube paulista havia tentado invalidar uma ordem judicial anterior que ordenava que o troféu fosse devolvido à Caixa Econômica Federal, onde ficou guardado por anos. |
| Reunião do Clube dos 13 (1987) |
A Copa União nasceu após o Campeonato Brasileiro de 1986 ter sido um dos mais confusos de todos os tempos, repleto de disputas no tapetão. Para 1987, os 13 clubes considerados de maior torcida no país (Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco) fundaram o Clube dos 13 e decidiram organizar um torneio próprio, a Copa União, com 16 clubes. A ideia, na teoria, era ótima. Agregando um novo elemento ao futebol brasileiro, o projeto de marketing, com fortes patrocinadores como Coca-Cola, Varig e TV Globo, que renderiam os valores esperados aos clubes. Mas tudo já começava com alguns erros, principalmente por ignorar critério técnico. Deixaram de fora o Guarani, vice-campeão de 1986 e o América, do Rio, quarto colocado, para incluir Coritiba, Goiás e Santa Cruz, que eram de três estados importantes financeiramente. Como era esperado, e com razão, os demais clubes chiaram, e muito. Um acordo acabou sendo criado entre Clube dos 13 e CBF: a Copa União seria o módulo verde, além de outros módulos (amarelo, branco e azul) com os demais clubes. Para não perder totalmente a autoridade, a CBF impôs um cruzamento entre campeão e vice dos módulos verde e do amarelo, para definir o campeão brasileiro. Aí é que começa a confusão. O Clube dos 13 aceitou o acordo, mas seus membros combinaram entre si que não fariam o cruzamento final. O problema é que o Clube dos 13 enviou um representante a uma reunião com a CBF, que acabou concordando com o quadrangular final. Quem era esse representante? Eurico Miranda. Em Janeiro de 1988, a CBF organizou o quadrangular decisivo entre Flamengo, Internacional, Sport e Guarani. Os dois primeiros se negaram a jogar e foi organizada uma decisão entre os dois últimos, vencida pelo time pernambucano. A CBF indicou Sport e Guarani, campeão e vice oficiais, para a Libertadores 1988. Consideramos Sport e Flamengo como campeões brasileiros de 1987 por entender que os dois times, e suas torcidas, tem motivos para reivindicar o título e não tem culpa das confusões armadas pelos cartolas.
