POR DANTON BRASIL (@dantonbrasil)
ADEMIR DA GUIA
Caro leitor, antes de falar sobre outro jogador que fez a história do futebol, queria comentar algo muito curioso. Eu tenho uma teoria, de que o futebol, não é apenas uma arte. É algo muito maior, é como um algo mais indefinível. Ele é o segundo empreendimento mais lucrativo, perde apenas para o petróleo. Ele ressalta os sentimentos do torcedor, e ressalta as características morais dos jogadores e pessoas que compõe o jogo. Mas isso todo mundo sabe. O que mais me fascina é que, seria o futebol algo que já nascemos? Muitos diriam sim e que está no nosso código genético. Muitos jogadores de hoje são filhos ou parentes de jogadores do passado. É o caso de Neymar, e de vários outros, e isso nos leva de volta a Ademir da Guia.
Ele, maior ídolo da história do Palmeiras, é filho de Domingos da Guia, outro grande ídolo que fez história no futebol (que também está presente nesta série). Seria o talento com a bola algo genético? Se seguirmos o exemplo de Domingos e Ademir, sim. Mas podemos ver ainda mais longe. O irmão de Domingos, foi Ladislau da Guia, maior artilheiro do Bangu, clube que revelou os três. Mesmo em posições diferentes, o estilo de Ademir sempre foi refinado, por isso, "herdou" o apelido "Divino" do pai, que era chamado de "Divino Mestre".
Ademir nasceu no Rio de Janeiro em 3/4/1942 e foi titular absoluto no Palmeiras por 16 anos seguidos.
Também é tido como um dos craques mais injustiçados da história do futebol brasileiro, pois durante toda a sua longa carreira, foi convocado apenas 14 vezes para a seleção, disputando apenas uma partida em Copas do Mundo, a de 1974, quando o Brasil já estava desclassificado, na disputa pelo 3º lugar contra a Polônia.
Ademir distribuía a bola com passadas largas e lançamentos precisos. Fez uma dupla de meio campo com Dudu, que gerou até uma biografia. O Divino foi um dos alicerces da academia palmeirense, que ganhou muitos títulos nos anos 60. Ademir fez 153 gols em 901 jogos no Palmeiras, sendo o total de gols ser 165. Jogou nas categorias de base do Céres, depois jogou no Bangu onde foi revelado e em seguida e jogou o resto da carreira no Palmeiras.
Ele ganhou os títulos: Paulistão em 1963, 66, 72, 74, 76. Ganhou o Brasileirão em 1972 e 73. Ganhou o Roberto Gomes Pedrosa em 1967 e 69, o Rio-São Paulo em 1965 e a Taça Brasil em 1967.
Depois da carreira, Ademir foi eleito vereador pela cidade de São Paulo em 2004 pelo PCdoB, indo depois para o PR.
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